VOZES E DOMÍNIOS

domingo, 3 de abril de 2011

Origem da Safeword



A origem da SAFEWORD, tal qual a conhecemos hoje, data de meados dos anos 80. A idéia amadurecida e popularizada através dos canais de discussão na época teve seu primeiro conceito semelhante ao de um sinal de trânsito.

O bottom (submisso) utilizava cores como forma de indicar ao Top (Dominador) o seu estado físico e emocional. No decorrer da cena, o Top perguntava a cor e o bottom através sinalizava seu estado pelo "verde, amarelo ou vermelho".O verde tinha o significado de que estava tudo sob controle, o amarelo era sinal de algum desconforto momentâneo e o vermelho um alerta de que algo não ia bem ou a ultrapassagem dos limites previamente estabelecidos. Essa idéia começou a ganhar corpo via internet e espalhou-se rapidamente, incorporando-se assim ao cenário de muitas comunidades e adeptos.Esses códigos evoluiram, foram adaptados e atualmente são combinados antes da cena, podendo ser uma palavra ou um gesto específico (casos em que o bottom está de mordaça ou encapuzado, por exemplo), variando em comunidades, confrarias ou parceiros que os adotam.



Origem da SSC: São, Seguro e Consensual




Origem da SSC: São, Seguro e Consensual
Essa frase surgiu em meados de 1983 (credita-se a David Stein) num dos relatórios do comitê GMSMA (Gay Male SM Activist é uma organização representativa no meio homossexual americano, sem fins lucrativos e comprometida com os interesses do SM e SSC.) e propunha uma conscientização sobre a necessidade de se praticar um SM seguro, desvinculando-o do comportamento autodestrutivo popularmente vinculado ao termo “sadomasoquismo”.

Sua aceitação, propaganda e popularização deu-se a partir da grande Marcha de Washington pelos Direitos dos Gays e Lésbicas pelo Contingente S/M - Leather em julho de 1987 e passou a figurar em inúmeros materiais promocionais, camisetas e boletins de divulgação da GMSMA. Na marcha de 1993 houve a consolidação durante a Conferência S/M Leather-Fetich e milhares de pessoas nos Estados Unidos e de outros países viram naquelas três palavras uma identificação imediata.Isso também se deu pelo fato de que ninguém pôde controlar seu significado, a interpretação é individual, e sendo assim adaptou-se perfeitamente bem a grande maioria dos praticantes espalhados pelo mundo. Foi uma alternativa ao RACK e a edgeplay que desobrigavam o uso da palavra de segurança.O objetivo original não foi uma forma e nem um ideal para se definir o SM, foi uma alternativa segura e um compromisso viável entre parceiros para definir um comportamento aceitável ou não no relacionamento.A questão do SSC é muito relativa e não pode ser vista de uma maneira simplista ou generalizada, nem tudo o que é seguro para uns o será para outros e vice-versa. Essa relatividade causa controvérsias e opiniões emocionais de ambos os lados, porém é uma situação que geralmente só o bom senso dos envolvidos pode equacionar.O que muitas pessoas desconhecem é que em momento algum a GMSMA definiu ou limitou o SSC, houve um movimento no sentido de proporcionar o diálogo e oferecer alternativas seguras dentro desse ambiente, mesmo porque não é razoável tentar controlar as emoções alheias nos mais diferentes cenários e nas mais diversas vertentes, a idéia original consiste em oferecer escolhas, poder optar pelo bom e pelo ruim dentro das possibilidades de cada individuo e poder viver o SM dentro de um nível aceitável de risco.O SSC por si só não é suficiente para livrar-lhe de uma situação de risco, mas é um ponto de partida para o estabelecimento de relações com um nível de segurança maior.


Origem do Emblema do BDSM

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História do BDSM




Especificar individualmente quando cada prática começou é uma tarefa árdua e quase impossível devido à diversidade de praticas abrigadas sob o acrônimo BDSM, pois cada uma delas tem origens tão distintas que nos levariam a uma longa jornada pela antiguidade.

Socialmente podemos referenciar o ano de 1918 como um marco para o surgimento do que chamamos hoje de BDSM. Foi quando surgiu a “London Life”, a primeira revista comercial com tendências fetichistas de que se tem notícia, em suas páginas começaram a ser veiculados os primeiros anúncios de encontros e festas privadas.No ano de 1946 foi impressa a revista “Bizarre” (http://www.bizarremag.com), cujo conteúdo era voltado ao Bondage, Dominação e Fetichismo. Sua distribuição era basicamente em clubes e ambientes sadomasoquistas.A explosão realmente aconteceu após a segunda grande guerra mundial, com a volta dos soldados começaram a aparecer grupos de motociclistas com claras tendências homossexuais, tendo o couro como sua bandeira e o S/M como uma prática social. Esses grupos começaram a ter uma forte influência estética sobre o vestuário, o couro passou a ser parte integrante da indumentária, virando um símbolo desse movimento.Em Nova Iorque no ano de 1951 foi fundado o primeiro local reconhecidamente S/M, o Shaw’s.Esse entusiasmo também se refletiu na Europa onde associações e locais S/M começaram a surgir num primeiro momento para grupos homossexuais. Grupos como “Berlin”, em 1964 na Alemanha, “Sixty-Nine Club”, em 1966 na Inglaterra, “VSSM” em 1970 na Holanda, “Boys Cuir France”, na França em 1973, “MSC” em 1974 na Bélgica.Em novembro de 1969 na cidade de Colônia na Alemanha, ocorre a primeira festa pública que reúne mais de cem pessoas. Dá-se nesse momento o impulso e a roda começa a girar. As grandes sociedades S/M da época começam a dar os primeiros passos. Nos Estados Unidos em 1971 a “Eulenspiegel Society”, na Europa em 1975, mais especificamente na Inglaterra a “European Confederation of Motorcycle Clubs (ECMC), em 1976 é fundada por Cynthia Slater e Larry Olsen a “Society of Janus”, em 1978 Pat Califia e Gayle Rubin fundam a “Samois”, um grupo formado por mulheres lésbicas baseado no romance História de Ó. Abriram-se as portas para as mulheres.Na Europa começam a desenvolver-se os grupos heterossexuais e também a aceitação do Switcher (indivíduo que tem prazer nas duas situações), criando-se assim novos espaços de encontro, mas ainda assim vinculados às associações pansexuais.Em 1986 forma-se o grupo de S/M austríaco “Libertine Wien”, em 1987 o “Flagellantenclub Fórum 88”, que chega a ter em 1995 aproximadamente 400 sócios. As festas S/M “Lês Fleurs du Mal”, realizadas no pub “Molotow”, em Hamburgo são realizadas com grande êxito em 1990. Essas festas aconteceram mensalmente por cerca de nove anos.Foi fundado no ano de 1987 o primeiro grupo estritamente heterossexual no seio da comunidade S/M, o alemão S/M-Sündikat Hamburg, que logo desenvolveu uma intensa atividade social, editorial e divulgadora. (Schlagworte Ressourcenliste Version 0006ª, mazo 2000). Foram os realizadores da primeira grande festa S/M européia, na galeria “Abriss” de Hamburgo, com mais de 700 pessoas. Calcula-se nesse mesmo ano a existência de aproximadamente 200 grupos S/M nos Estados Unidos e 180 na Europa, destacando-se a Alemanha com 53 grupos. Outros continentes não foram considerados por não existirem dados confiáveis.Foi realmente a partir dos anos 90 que se intensificou o desenvolvimento de casas, clubes, associações e literatura destinada ao gênero.Originalmente B/D (Bondage e Disciplina), D/s (Dominação e submissão) incorporavam-se ao Sadomasoquismo (S/M, S&M e SM). Muitas pessoas envolvidas nessa subdivisão não quiseram estar associadas a práticas mais violentas ou vistas como abusivas. Muitas discussões se seguiram com os grupos envolvidos e acordou-se um novo acrônimo mais abrangente: BDSM (Bondage e Disciplina, Dominação/submissão e Sado-Masoquismo).O PAPEL DA ALT.SEXEm Abril de 1991 foi criado um grupo de discussão na Internet chamado alt.sex, a partir daí é que as siglas BDSM tornam-se conhecidas, mas vamos primeiro compreender essa terminologia toda.Era popular na época o NEWSGROUP, que é um grupo de discussão categorizado que circulava numa rede chamada USENET (Users’ Networks, ou Utilizadores da Rede). As categorias mais populares eram “alt”, “comp” e “rec”. Só para exemplificar, existiam categorias alt.music, alt.games, alt.movies e obviamente alt.sex. Foi essa a mola propulsora que tornou a comunicação mais abrangente e permitiu a uma discussão mais ampla do BDSM.Atualmente a Internet permite uma interação dinâmica, temos todo o tipo de informações à mão, basta pesquisar, existem vários grupos de discussão brasileiros das mais variadas vertentes. A informação está disponível e fácil para quem está chegando agora e a propagação dessa filosofia está tendo penetração em todas as mídias.